quinta-feira, 26 de novembro de 2009

RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO

OFICINA: TP2
O ensino de gramática tem sido um constante desafio para os professores de Português, especialmente os de ensino fundamental e médio. Estudiosos do assunto juntos com as Universidades têm investido fortemente em pesquisas que visam mostrar aos professores a importância de desviar a atenção da gramática tradicional para o ensino de língua materna, um ensino que seja significante para a vida dos estudantes, no entanto a prática tradicionalista permanece no trabalho profissional como se fosse à única possibilidade de compreender o funcionamento da língua portuguesa.

Na tentativa de promover ao menos uma reflexão sobre o tema o GESTAR II promoveu a oficina do TP 2 abordando o tema Gramática e ensino.

As atividades promovidas levaram os cursistas a repensar e discutir suas práticas em sala aula, e já no momento do levantamento de conhecimentos prévios foi possível notar que dos quinze cursistas apenas Clarissa declarou não trabalhar gramática normativa os demais usam essa prática com naturalidade sempre justificando a contextualização. Uma constatação é que a grande maioria, como é inclusive natural nas escolas brasileiras, utiliza o texto apenas como pretexto para questões gramáticas.

Durante a realização da atividade de sensibilização fizemos leitura do texto “Morda a Minha Língua” que causou uma discussão acirrada sobre quem era o interlocutor no texto, se um aluno ou professor, mas ao final todos compreenderam o propósito do texto e descobriram que dois interlocutores comunicavam com um terceiro interlocutor que era o leitor do texto.

Realizamos uma atividade extra de produção de um caderninho com as informações prévias sobre o que já sabíamos sobre o que é gramática..., como ensino gramática..., como dever o ensino de gramática... e fechamos o caderninho fazendo a avaliação da oficina. O caderno foi entregue a cada cursista que levou como lembrança do encontro.

Uma outra discussão interessante foi a norteada pela leitura do texto de referência que provocou comentários importantes, uma vez facilitou a observação da própria prática de cada coexista em suas atuações em sala de aula.

Para provocá-los um espelho fez parte da decoração da sala. Sem chamar atenção para a presença dele todos se olhavam e pensavam no que poderia ser até que a coexista Clarissa fez uma analogia bastante interessante e pertinente quando disse que “o espelho representava que “Narciso acha feio o que não é espelho”” trazendo para nossa oficina, completou,explicando que os professores costumam considerar errada a escrita e a fala que não refletem a sua, não respeitando a gramática internalizada, não tratando da descritiva e supervalorizando a normativa.

Ao final do encontro todos fizeram a avaliação final e concluímos que foi importante levantar este tema, pois permitiu “reavivar conhecimentos já adormecidos do tempo da Universidade e fazer com que todos refletissem sobre sua atuação enquanto professor de LP” palavras de Alessandra.