quinta-feira, 26 de novembro de 2009

DICAS DO CHEF


RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO

OFICINA: TP2


O ensino de gramática tem sido um constante desafio para os professores de Português, especialmente os de ensino fundamental e médio. Estudiosos do assunto juntos com as Universidades têm investido fortemente em pesquisas que visam mostrar aos professores a importância de desviar a atenção da gramática tradicional para o ensino de língua materna, um ensino que seja significante para a vida dos estudantes, no entanto a prática tradicionalista permanece no trabalho profissional como se fosse à única possibilidade de compreender o funcionamento da língua portuguesa.

Na tentativa de promover ao menos uma reflexão sobre o tema o GESTAR II promoveu a oficina do TP 2 abordando o tema Gramática e ensino.

As atividades promovidas levaram os cursistas a repensar e discutir suas práticas em sala aula, e já no momento do levantamento de conhecimentos prévios foi possível notar que dos quinze cursistas apenas Clarissa declarou não trabalhar gramática normativa os demais usam essa prática com naturalidade sempre justificando a contextualização. Uma constatação é que a grande maioria, como é inclusive natural nas escolas brasileiras, utiliza o texto apenas como pretexto para questões gramáticas.

Durante a realização da atividade de sensibilização fizemos leitura do texto “Morda a Minha Língua” que causou uma discussão acirrada sobre quem era o interlocutor no texto, se um aluno ou professor, mas ao final todos compreenderam o propósito do texto e descobriram que dois interlocutores comunicavam com um terceiro interlocutor que era o leitor do texto.

Realizamos uma atividade extra de produção de um caderninho com as informações prévias sobre o que já sabíamos sobre o que é gramática..., como ensino gramática..., como dever o ensino de gramática... e fechamos o caderninho fazendo a avaliação da oficina. O caderno foi entregue a cada cursista que levou como lembrança do encontro.

Uma outra discussão interessante foi a norteada pela leitura do texto de referência que provocou comentários importantes, uma vez facilitou a observação da própria prática de cada coexista em suas atuações em sala de aula.

Para provocá-los um espelho fez parte da decoração da sala. Sem chamar atenção para a presença dele todos se olhavam e pensavam no que poderia ser até que a cursista Clarissa fez uma analogia bastante interessante e pertinente quando disse que “o espelho representava que “Narciso acha feio o que não é espelho”” trazendo para nossa oficina, completou,explicando que os professores costumam considerar errada a escrita e a fala que não refletem a sua, não respeitando a gramática internalizada, não tratando da descritiva e supervalorizando a normativa.

Ao final do encontro todos fizeram a avaliação final e concluímos que foi importante levantar este tema, pois permitiu “reavivar conhecimentos já adormecidos do tempo da Universidade e fazer com que todos refletissem sobre sua atuação enquanto professor de LP” palavras de Alessandra.
RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO

OFICINA: TP2
O ensino de gramática tem sido um constante desafio para os professores de Português, especialmente os de ensino fundamental e médio. Estudiosos do assunto juntos com as Universidades têm investido fortemente em pesquisas que visam mostrar aos professores a importância de desviar a atenção da gramática tradicional para o ensino de língua materna, um ensino que seja significante para a vida dos estudantes, no entanto a prática tradicionalista permanece no trabalho profissional como se fosse à única possibilidade de compreender o funcionamento da língua portuguesa.

Na tentativa de promover ao menos uma reflexão sobre o tema o GESTAR II promoveu a oficina do TP 2 abordando o tema Gramática e ensino.

As atividades promovidas levaram os cursistas a repensar e discutir suas práticas em sala aula, e já no momento do levantamento de conhecimentos prévios foi possível notar que dos quinze cursistas apenas Clarissa declarou não trabalhar gramática normativa os demais usam essa prática com naturalidade sempre justificando a contextualização. Uma constatação é que a grande maioria, como é inclusive natural nas escolas brasileiras, utiliza o texto apenas como pretexto para questões gramáticas.

Durante a realização da atividade de sensibilização fizemos leitura do texto “Morda a Minha Língua” que causou uma discussão acirrada sobre quem era o interlocutor no texto, se um aluno ou professor, mas ao final todos compreenderam o propósito do texto e descobriram que dois interlocutores comunicavam com um terceiro interlocutor que era o leitor do texto.

Realizamos uma atividade extra de produção de um caderninho com as informações prévias sobre o que já sabíamos sobre o que é gramática..., como ensino gramática..., como dever o ensino de gramática... e fechamos o caderninho fazendo a avaliação da oficina. O caderno foi entregue a cada cursista que levou como lembrança do encontro.

Uma outra discussão interessante foi a norteada pela leitura do texto de referência que provocou comentários importantes, uma vez facilitou a observação da própria prática de cada coexista em suas atuações em sala de aula.

Para provocá-los um espelho fez parte da decoração da sala. Sem chamar atenção para a presença dele todos se olhavam e pensavam no que poderia ser até que a coexista Clarissa fez uma analogia bastante interessante e pertinente quando disse que “o espelho representava que “Narciso acha feio o que não é espelho”” trazendo para nossa oficina, completou,explicando que os professores costumam considerar errada a escrita e a fala que não refletem a sua, não respeitando a gramática internalizada, não tratando da descritiva e supervalorizando a normativa.

Ao final do encontro todos fizeram a avaliação final e concluímos que foi importante levantar este tema, pois permitiu “reavivar conhecimentos já adormecidos do tempo da Universidade e fazer com que todos refletissem sobre sua atuação enquanto professor de LP” palavras de Alessandra.

Estrelas do GESTAR II


AULA DE PORTUGUÊS

Carlos Drummond de Andrade

A linguagem
Na ponta da língua
Tão fácil de falar
E de entender.

A linguagem
Na superfície estrelada de letras,
Sabe lá o que ela quer dizer?

Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
E vai desmatando
O amazonas de minha ignorância
Figuras de gramática, esquipáticas
Atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.

Já esqueci a língua em que comia,
Em que pedia para ir lá fora,
Em que levava e dava pontapé,
A língua, breve língua entrecortada
Do namoro com a prima.

O português são dois; o outro, mistério.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

OFICINA: TP1
OBJETIVO: Discutir as variantes lingüísticas: dialetos, registros e equívocos.



Variação Lingüística é um tema sempre muito recorrente em reuniões de professores ou conversas informais. Por esta razão, e considerando que o Pólo de Cruz das Almas, especificamente a turma 1 trabalha com professores que fizeram ou estão em fase de conclusão da Graduação, que têm um bom nível de leitura e que estão sempre buscando atualizações imaginei que as discussões pudessem não gerar interesse no grupo. No entanto a interação foi muito especial, embora o grupo estivesse bastante reduzido pelo numero de faltosos neste dia.

Falar sobre as diversas variantes remeteu os professores a uma reflexão bem interessante sobre o trabalho que vêm desenvolvendo em sala de aula e especialmente as dificuldades que encontrão para realizar atividades que possibilitem a compreensão dos alunos a cerca da necessidade de valorizar a fala que não corresponde ao seu padrão de uso.

Tiro Ao Álvaro
Adoniran Barbosa

De tanto levar frechada do teu olhar
Meu peito até parece sabe o quê?
Táubua de tiro ao álvaro
Não tem mais onde furar
Táuba de tiro ao álvaro
Não tem mais onde furar

Teu olhar mata mais do que
bala de carabina
Que veneno e estriquininaque
peixeira de baiano
Teu olhar mata mais que atropelamento de automóver
mais que bala de revórver

A oficina começou com a música de Adoniran Barbosa, “Tiro ao Álvaro”, que foi ouvida e comentada, numa discussão bem divertida. Em seguida assistimos ao vídeo “Assalto da Língua
Portuguesa” que gerou muitos risos e posterior discussão sobre o nível de conhecimento para uso padrão da Língua Portuguesa.
Para motivar, ainda mais o grupo realizamos uma dinâmica em que cada um se viu representado por um boneco de palha e oscolegas criavam falas em estilo costumeiramente usado pelo outro. Ao ler o texto escrito todos deviam adivinhar quem, possivelmente estava sendo representado. Esta dinâmica foi usada para discutirmos idioletos (uma variação de uma língua única
a um indivíduo).
Na seqüência realizamos atividade de grupo criando falas para personagens que estavam chocados com a discriminação sofrida por um estudante que precisou mudar de estado.
As discussões foram sistematizadas com a exibição de slides com textos de Marcos Bagno.
Muitos exemplos e experiências foram levantados nesta oficina, todos já vivenciaram situação de conflito em razão da grande diversidade lingüística no Brasil, mas foi um momento rico que encerramos com a leitura de um texto do dicionário de baianês e um vídeo com falas de mineiro.




Um passeio pelas gírias através dos tempos

Ainda garoto, levei uma taboa, nos idos de 1930. Eu era um almofadinha, pé rapado, liso que nem pau-de-sebo. Fiquei jururu. É fato, mas jurei me tornar um figurão abonado pra nunca mais ouvir uma ladainha daquela lambisgóia.

Fiquei quase uma década me recuperando dessa malfadada sorte. Depois resolvi recobrar o tempo perdido e correr atrás de um brotinho, um chuchu que conheci em um desses balangandans que freqüentava na época. Convidei aquela tetéia para assistir a uma chanchada, a coqueluche do momento. Foi a maior fuzarca. O pai dela não gostou nem um pouco. Levei uma carraspana. Só me esqueci desse bafafá dez anos depois.

Tomei um chá de cadeira sem igual. Não seria fácil paquerar aquela uva. Ela não se esqueceu do fuzuê. Eu já estava ficando coroa, mas ainda era pra frente e bacana paca, um tremendão.

Além do mais, meu chapa, nos anos 60 eu não era nenhum pé de chinelo. Era um cara boa pinta, tinha um carango envenenado, um papo firme. Desses de fazer qualquer gata gamar. E uma coisa era certa não era pelego e nem cafona. Resolvi dar uma esticada e encarar uma boazuda. Estava a fim de uma gata barra-limpa e não era de mancar. Mas ela tirou onda no maior ziriguidum. Veio com aquele papo furado e eu, que estava naquela de pode vir quente que estou fervendo, curti a maior fossa.

Mais 10 anos, Bicho, desisti da uvinha que a essas alturas já estava meio passada, um bicho grilo Não era mais um pedaço-de-mau-caminho. E eu anda era um pão. Não era de se jogar fora. Estava a fim de uma fofa. Numa boa, podes crer! Tentei fazer a cabeça dela. Que barra! Eu estava por fora. Ela não gostou da chacrinha. Entrei pelo cano. Foi chocrível: ela me chamou de goiaba e deu no pé. Já era.

Enveredei pela política. Virei biônico, fiquei careta, o maior caxias. Deixei de ser aquele cara jóia que transava o amor no maior breu, curtindo adoidado. Nem tchum para as coisas do coração. Meu negócio era tutu, bufunfa, grana maneira.
Entrei de bode nos anos 80, meio deprê, mergulhei naquele economês fajuto, preocupado com as patrulhas ideológicas, vendo a beleza passar no movimento daquelas minas de fio dental. Que massa! Como me senti brega!

Chegaram os anos 90 e eu decidi acordar para a vida. Nas ruas, os caras pintadas faziam pressão. Já aposentado, por pouco levaria a pecha de boiola. As minas da minha galera viraram gastinhas. Embacei demais. Fiquei muito tempo pagando um sapo Vou entrar de sola em outra praia. Estou na área e vou lançar meu olhar quarenta e três, pensei. Antenado, quis deixar de ser um mala e parti para a azaração. Não queria mais queimar o filme. Descobri que ficar é o bicho. Chega de rolo e de encoleirar. Achei uma pitchula lipada e fui sintonizar o canal. Sou um animal. Estava convencido. Vestido como um mauricinho à procura de uma patricinha filé que me desse mole, fui xavecar. Não sou nenhum papa-anjo, mas resolvi jogar meu papo um-sete-um pra cima da primeira maria gasoza que me atravessasse. Estava disposto a liberar a verba. Que furo! Paguei o maior mico! Amarradão, encarnei uma ganzepa meio fubanga.


A essas alturas da vida, Mano Brown, não poderia escolher muito. O que pode querer um velho rico e solitário? Também não estava a fim de nenhuma perua tranquera. Estava me sentindo assim fuderoso. Meio travado, entrei de sola, cheguei na popozuda. Escamosa, me chamou de tio sukita. O vacilão aqui ainda pensou que era elogio. Fiquei na pista. É mesmo o fim do século. Pirei na batatinha, quando um Lobão chegou de lado e mandou: “Aí, vei, valeu! Simbora que eu vou vazar com a cachorrona”. Aí já era demais! Outra táboa esse meu coração matusalém não agüentaria. Viajei no tempo... Fui!...

Hermengarda, minha frô

É com o coração trespassado de sardade que eu te esrevo estas martraçadas linhas. Suncê nem imagina o que é vive na cidade, no meio da fumacera e dos carros pegano a gente. Um corre-corre dos diabo, ninguém para pruma prosinha, nem isquenta ninhum lugá.
Se Deus quisé, Hermengarda, no nata eu vorto procê. Vamo subi na invernada, oiá o rio cantano, juntinho cós passarinho. Aí, que tristeza esta terra, onde nem tem curió.
Suncê deve ta bunita, vestida de chita estampada, as trança voando ao vento. Hermengarda, minha minina, to sofreno do coração. Não, num é doença de peito, é vontade de vê suncê e tamém a famia toda.
Dê um beijo no pai e na mãe. Peça ao cumpadre Tonhão pra óia minhas curtura.

De teu sincero amô.

Mané Bento

domingo, 15 de novembro de 2009






O GESTAR EM MINHA VIDA..

Em decorrência das mudanças e inovações que nos permeiam, torna-se necessário evoluirmos nas competências e na realização profissional.
O Gestar, por aliar teorias a práticas, representa para mim oportunidades de obter novas aprendizagens, novos conhecimentos, um novo repensar como educadora, oportunidades de levar aos meus alunos novas técnicas de aprendizagens, e ter o prazer de vê-los elaborando as tarefas com alegria, (a maior parte) com sede de aprender mais, elaborando com euforia os trabalhos em grupo ficando assim, em expectativa para a próxima aula, e oportunidade de conseguir mais 15% em meu salário.
É importante ter contatos com novos colegas, discutir assuntos em que às vezes tínhamos idéias ou aprendizados diferentes.
O Gestar tem sido de grande valia, pois faz com que nos tornemos profissionais inovadores e criativos, elevando a qualidade do ensino na nossa Instituição de Ensino.

Cleusa da Conceição Santos


Por possibilitar maior entendimento e enriquecimento de experiências através de leitura e discussões realizadas no decorrer das oficinas. É um curso que visa elevar a competência profissional do professor, favorecendo mudanças de posturas significativas, seja profissional ou pessoal. Contudo, são vários aspectos do curso que deve ser considerada: o de ampliar o conhecimento do ensino de Língua Portuguesa. Apesar de que apenas trabalha com uma turma de 5ª série, justamente, por causa do Gestar. Percebo que está sendo algo positivo, por conta de poder vivenciar novas experiências no universo de conhecimentos e, consequentemente, melhorando a prática pedagógica do dia-a-dia.
O curso sugere novas estratégias de atuação e de forma gradual, tento adequá-la a realidade da clientela a qual leciono. O curso é importante também, por oferecer um material dotado de uma linguagem clara, de fácil compreensão, e por meio deste, tem-se a oportunidade de propiciar diversas atividades que contribuam para desenvolver habilidades tão necessárias para a formação e crescimento intelectual e pessoal do aluno. Por ser também um curso voltado para a prática de atuação na sala de aula.
O Gestar irá trazer benefícios para minha vida, por exemplo, qualificação profissional onde se refletirá na elevação do nível do ensino público brasileiro. Haverá uma qualidade de vida melhor tendo em vista a possibilidade do retorno financeiro, independentemente da disciplina que leciono. Com oportunidade de acesso a bens culturais e materiais diversos.
Em suma, o Gestar está sendo uma etapa muito significativa e gratificante para minha vida profissional.

Idilene Souza Costa de Jesus


O curso Gestar, nada mais é, do que saborear conhecimentos e aperfeiçoar o português, através dos livros de encontros e também de trocas de experiências entre os educadores.
Ressalto que é de fundamental importância os momentos de estudos e discussões acerca de temas tão importantes quanto os que norteiam o GESTAR II, de Língua Portuguesa.
Durante as oficinas, o processo de aprendizagem é bastante proveitoso, pois tem espaço para as discussões dos assuntos abordados nos TPs, aplicação de atividades em grupo, socialização e troca de experiências. Em seguida, as propostas do “avançando na prática” são realizadas em sala de aula, proporcionando o desenvolvimento de exercícios criativos, que prendem a atenção dos alunos e estimulam a assimilação dos assuntos.
Contudo, percebo que curso Gestar veio para me auxiliar, na disciplina de Redação, abrindo novos horizontes em relação à linguagem, comunicação e produção de texto, tornando-se assim, um grande instrumento no nosso dia-a-dia, pois é preciso trabalhar e desenvolver uma forma de como comunicar e conviver bem no mundo das palavras.


Rosane Novais











quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Sugestão de filme para discutir Argumentação: Doze homens e uma sentença.

A história é bem simples. Doze jurados devem decidir se um jovem, acusado de assassinar o seu pai com uma facada no peito, é culpado ou inocente. Só que onze deles têm a certeza de sua culpa, enquanto o outro não quer votar por culpado apenas por cogitar a possibilidade do réu ser inocente. Não tem a clara certeza de sua culpa, algo que os outros possuem tão claramente. Como a jurisdição americana indica que só deve-se votar pela culpa do réu caso não haja nenhuma dúvida de sua acusação, e como todos os outros onze estão doidos para irem embora e acabarem com aquela 'chatice', o filme começa a criar os seus conflitos. Só que esse pouco caso de seus companheiros de júri acaba servindo de inspiração para que o jurado de número 8, interpretado por Henry Fonda (de Era uma vez no Oeste), busque cada vez mais a certeza dos outros jurados, tentando convencê-los a terem a mesma opinião que a sua, afinal, trata-se de uma vida humana que está em jogo, não um item qualquer.
As discussões são sempre de altíssimo nível. Você vai entrando cada vez mais na história e acaba por tomar partido igualmente aos jurados: ou você vai torcer pela inocência do rapaz, ou pela culpa, ou vai ficar confuso... O impossível é ficar indiferente ao roteiro extremamente bem escrito, curioso e inteligente. E os contra-argumentos são usados de maneira precisa e sem parecerem piegas ou moralistas demais. Vou dar um exemplo. Um jurado, para defender sua posição, utiliza-se de um argumento. Tempos depois, o jurado de número 8 utiliza-se do mesmo argumento para defender a inocência do rapaz. O mesmo jurado que havia utilizado primeiro o argumento, levanta-se e, esperneando, diz que esse tipo de coisa não deve ser levada em consideração. Mas ao invés do personagem de Fonda ir e repronunciar o contra-argumento, ele só olha de um jeito irônico para o outro jurado, que prontamente faz um olhar de perdido no mundo e pronuncia a frase 'isso não quer dizer nada'. Genial esse tipo de situação.
Um recurso que gostei muito é que o início do filme não é guiado por uma narração. Não somos apresentados ao caso por ninguém, não somos introduzidos por falas nem nada. O filme é aberto com imagens do tribunal, uma música suave, depois a situação vai sendo montada aos poucos, tudo através da imagem. Quando menos percebemos, já estamos situados no filme sem que uma palavra sequer seja dita. Depois temos o juiz falando, o que nos dá uma idéia do que está por vir, e todo o resto só sabemos pelo que os jurados falam. Mas sem nunca soar repetitivo, sem nunca nos deixar perdido dos fatos. Vamos construindo mentalmente, junto com eles, tudo o que aconteceu no caso, através do que foi possível entender no testemunho, ou até mesmo com a possibilidade de ter sido apenas um engano de uma pessoa que quis ajudar com seu depoimento.
O interessante é que o ambiente nunca fica cansativo, como poderia facilmente ocorrer. Os ângulos buscam sempre a melhor intensidade dramática, diria que com sucesso, e os planos seqüenciais que acontecem são sempre fantásticos, bem planejados e, o melhor de tudo, necessários para que a cena funcione. Então nunca temos um tom exagerado sendo escrachado na tela. Como falei antes, o olhar é muito valorizado neste filme. Henry Fonda está simplesmente maravilhoso. Em nenhum momento seu personagem diz que o réu é inocente (por completo), ele apenas não tem certeza de sua culpa. E quando os outros estão ansiosos para irem embora, cada briga por uma nova opinião é fantástica. Todos os outros jurados também estão excelentemente bem, conseguem suportar o peso em suas costas das interpretações - de longe, junto com o roteiro, o mais importante do filme.
12 Homens e uma Sentença não fez sucesso quando lançado e, de certa forma, é até compreensível. Mas é inegável que Lumet conseguiu criar uma obra imortal, um profundo estudo sobre reações, preconceitos e estupidez humana. Uma obra que, mesmo com o passar dos anos, continua atual. O mais interessante é que, quem acompanha meus textos há um certo tempo, sabe que não curto muito filmes de tribunais. Mas aqui a trama é tão bem costuradinha, tão bem desenvolvida, os personagens são tão cativantes que fica impossível não adentrar em sua história. Mesmo que esta não saia de uma sala. Mesmo que a sinopse seja tão simples. E mesmo que ela não faça jus ao tamanho da obra que o filme realmente é. É ver para crer. E se impressionar, assim como aconteceu comigo.
Por Rodrigo CunhaA história é bem simples. Doze jurados devem decidir se um jovem, acusado de assassinar o seu pai com uma facada no peito, é culpado ou inocente. Só que onze deles têm a certeza de sua culpa, enquanto o outro não quer votar por culpado apenas por cogitar a possibilidade do réu ser inocente. Não tem a clara certeza de sua culpa, algo que os outros possuem tão claramente. Como a jurisdição americana indica que só deve-se votar pela culpa do réu caso não haja nenhuma dúvida de sua acusação, e como todos os outros onze estão doidos para irem embora e acabarem com aquela 'chatice', o filme começa a criar os seus conflitos. Só que esse pouco caso de seus companheiros de júri acaba servindo de inspiração para que o jurado de número 8, interpretado por Henry Fonda (de Era uma vez no Oeste), busque cada vez mais a certeza dos outros jurados, tentando convencê-los a terem a mesma opinião que a sua, afinal, trata-se de uma vida humana que está em jogo, não um item qualquer.
As discussões são sempre de altíssimo nível. Você vai entrando cada vez mais na história e acaba por tomar partido igualmente aos jurados: ou você vai torcer pela inocência do rapaz, ou pela culpa, ou vai ficar confuso... O impossível é ficar indiferente ao roteiro extremamente bem escrito, curioso e inteligente. E os contra-argumentos são usados de maneira precisa e sem parecerem piegas ou moralistas demais. Vou dar um exemplo. Um jurado, para defender sua posição, utiliza-se de um argumento. Tempos depois, o jurado de número 8 utiliza-se do mesmo argumento para defender a inocência do rapaz. O mesmo jurado que havia utilizado primeiro o argumento, levanta-se e, esperneando, diz que esse tipo de coisa não deve ser levada em consideração. Mas ao invés do personagem de Fonda ir e repronunciar o contra-argumento, ele só olha de um jeito irônico para o outro jurado, que prontamente faz um olhar de perdido no mundo e pronuncia a frase 'isso não quer dizer nada'. Genial esse tipo de situação.
Um recurso que gostei muito é que o início do filme não é guiado por uma narração. Não somos apresentados ao caso por ninguém, não somos introduzidos por falas nem nada. O filme é aberto com imagens do tribunal, uma música suave, depois a situação vai sendo montada aos poucos, tudo através da imagem. Quando menos percebemos, já estamos situados no filme sem que uma palavra sequer seja dita. Depois temos o juiz falando, o que nos dá uma idéia do que está por vir, e todo o resto só sabemos pelo que os jurados falam. Mas sem nunca soar repetitivo, sem nunca nos deixar perdido dos fatos. Vamos construindo mentalmente, junto com eles, tudo o que aconteceu no caso, através do que foi possível entender no testemunho, ou até mesmo com a possibilidade de ter sido apenas um engano de uma pessoa que quis ajudar com seu depoimento.
O interessante é que o ambiente nunca fica cansativo, como poderia facilmente ocorrer. Os ângulos buscam sempre a melhor intensidade dramática, diria que com sucesso, e os planos seqüenciais que acontecem são sempre fantásticos, bem planejados e, o melhor de tudo, necessários para que a cena funcione. Então nunca temos um tom exagerado sendo escrachado na tela. Como falei antes, o olhar é muito valorizado neste filme. Henry Fonda está simplesmente maravilhoso. Em nenhum momento seu personagem diz que o réu é inocente (por completo), ele apenas não tem certeza de sua culpa. E quando os outros estão ansiosos para irem embora, cada briga por uma nova opinião é fantástica. Todos os outros jurados também estão excelentemente bem, conseguem suportar o peso em suas costas das interpretações - de longe, junto com o roteiro, o mais importante do filme.
12 Homens e uma Sentença não fez sucesso quando lançado e, de certa forma, é até compreensível. Mas é inegável que Lumet conseguiu criar uma obra imortal, um profundo estudo sobre reações, preconceitos e estupidez humana. Uma obra que, mesmo com o passar dos anos, continua atual. O mais interessante é que, quem acompanha meus textos há um certo tempo, sabe que não curto muito filmes de tribunais. Mas aqui a trama é tão bem costuradinha, tão bem desenvolvida, os personagens são tão cativantes que fica impossível não adentrar em sua história. Mesmo que esta não saia de uma sala. Mesmo que a sinopse seja tão simples. E mesmo que ela não faça jus ao tamanho da obra que o filme realmente é. É ver para crer. E se impressionar, assim como aconteceu comigo.
Por Rodrigo Cunha




Porque o Gestar é importante em minha vida?


"O gestar é importante na minha vida porque através deste curso, estou podendo rever as prática pedagógicas. Tenho conseguido administrar as aulas de maneira prazerosa, através do gestar pude conhecer outras realidades que até então não conhecia para trabalhar com meus alunos, principalmente em produção de texto. Vale também ressaltar o quanto melhorou a participação dos alunos nas aulas. A cada oficina adquiro novo aprendizado. Espero que ao terminar o curso, eu esteja preparada para continuar desenvolvendo um bom trabalho em sala de aula.
Quero parabenizar a professora Tânia, pela paciência e maneira como vem conduzindo este curso."

Raimunda Cerqueira


O Gestar é importante porque é um curso que vai possibilitar melhoras em minha vida profissional, desde quando favorece o aperfeiçoamento das minhas práticas em sala de aula, servindo como combustível motivador para encarar as dificuldades que nós educadores, encontramos no dia-a-dia.

É fundamental que nos reciclemos, que busquemos um novo olhar sobre a nossa prática, pois a rotina diárias ás vezes nos impede de desempenhar o nosso papel de educador com mais disposição para trazer aos alunos assuntos de forma mais interessante e que realmente traga consequências positivas na sua aprendizagem. O Gestar, nos proporciona esta oportunidade, além de melhorar o nosso convívio com os alunos, trazendo assim muitas gratificações na vida profissional e pessoal.



Eliana Moreira


Saber que o GESTAR era um projeto inovador não era suficiente para ser transformador; seria necessário muito mais, ou seja, era preciso estar inserido no projeto para perceber o processo de “gestar-ação”, para poder entender que ser GESTAR, ser gestaleiro é algo que exige dedicação e ação não apenas como estudante; mas principalmente, como um profissional consciente e que busca melhoria em sua vida prática na educação.
O projeto nos remete a um novo olhar sob as várias perspectivas educacionais tendo o poder de transformar o educador a partir da reflexão e da atuação em sala de aula. E isto pode ser percebido de maneira óbvia através da empolgação com a qual os alunos participam no momento em que os avançando são aplicados. A cada atividade aplicada é possível notar o crescimento intelectual da turma; e não é só isso, pode-se notar que a prática torna a aula muito mais atrativa e acima de tudo, faz com que o aluno aprenda de forma lúdica, prazerosa e em muitos casos sem perceber que está absorvendo um conhecimento novo.
Em muitos momentos a proposta do GESTAR nos chama atenção para algo que julgávamos irrelevante, e que a partir de um novo olhar e de uma nova leitura é possível ser feita uma “sacação” diferente para a atividade e perceber o quanto ela pode e é rica para a aplicação em sala de aula.
Pois hoje, após algumas leituras e atividades aplicadas, é possível afirmar que só abraça verdadeiramente a proposta do curso o profissional que acredita na educação como mola propulsora de transformação da humanidade, que acredita que o mundo pode ser diferente, e que o seu trabalho é, e será sempre, o principal responsável por esta mudança. Que este é o diferencial do ser humano frente ao mundo cheio de controvérsias e contrariedades; e que é ao mesmo tempo globalizado e individualista, pois o ser humano está sempre pensando em si e vivendo em função de uma sociedade que o observa, aponta e avalia.

Rosangela Oliveira

Na minha vida, a oportunidade de cursar o Gestar foi de fundamental importância. Pois, apesar de gostar muito da disciplina de Língua Portuguesa, não cursei Letras, sou licenciada em Geografia. Por isso esta oportunidade, tem sido para mim valiosíssima. Tenho, apesar de algumas dificuldades, acompanhado o curso, procurando cada vez mais me aprimorar, me aperfeiçoar ganhar novos conhecimentos. Logo, sei também que não é o suficiente porque como professora tenho que continuar indo em busca do conhecimento. Tenho certeza que depois do curso muita coisa está mudando na minha vida e conseguentemente, no meu trabalho.
Concluo afirmando que o Gestar, tem trazido metodologias e estratégias diferenciadas, enriquecedora possibilitando diversificar as atividades, tornando aulas prazerosas interessantes onde os alunos interagem motivados em busca de conhecimento tornando o trabalho mais atraente, onde se percebe o aprendizado do aluno.


Ely Alves Costa


RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO

OFICINA: TP6
OBJETIVO: Refletir sobre os tipos de argumentação e identificar estratégias
relacionadas ao planejamento de escrita de textos.


A oficina do TP 6 unidade 22 teve inicio com o relato de experiências apresentados pelos cursistas a respeito da aplicação do Avançando na prática do TP 5. É possível observar que os relatos ganham novo fôlego à proporção que o contato com os alunos se torna mais lúdicos. Os professores têm percebido que os estudantes estão mais motivados e que isso se deve a interação maior que ocorre em razão das escolhas feitas na aplicação da atividade.
Em seguida todos receberam uma miniatura do roteiro da oficina que foi produzido em forma de controle remoto. O “controle” tinha uma mensagem colada atrás que tratava sobre a gerência do tempo. Este texto tinha por objetivo levar à reflexão sobre as queixas de todos a respeito da falta de tempo para realizar as tarefas e para gerir a própria vida. Fizemos uma discussão interessante e calorosa que certamente deve ter conduzido alguns a pensar a respeito das prioridades em suas vidas.
Na continuidade da oficina fizemos uma sensibilização a respeito da Argumentação que foi uma atividade difícil de ser realizada, uma vez que alguns consideraram complicado argumentar a favor de algo que não acreditam, no entanto tomando por base texto de Perelman sobre o tema, pudemos discutir e entender que a argumentação encontra-se presente na vida do sujeito tanto no seu aspecto formal quanto no cotidiano, e que para defender pontos de vista precisamos deflagrar situações discursivas lógicas, coerentes e coesas de modo a sustentar, refutar ou negociar tendo em vista a adesão do interlocutor à idéia proposta pelo autor.
Desenvolvemos outros estudos a respeito da Argumentação de modo que todos tivessem oportunidade de se colocar e compreender a importância da argumentação para produção de textos.
Também realizamos atividade de produção após a leitura e discussão do quadro “Etapas distintas e intercomplementares implicadas na atividade da escrita” do livro de Irandé Antunes. Aula de português: encontro e interação. Nesta atividade o essencial era que os cursistas percebessem que como informa o TP p.83 “a escrita é um ato social e comunicativo que insere-se numa determinada situação que tem uma função, interlocutor(es), objetivo, versa sobre um tema, de acordo com uma intenção, é expressa em relação com um gênero, utiliza um determinado nível de linguagem e, como material de leitura, é escrito em um determinado suporte.”
Todos os cursistas foram orientados a produzir um texto seguindo as etapas propostas por Irandé Antunes, ou seja, realizando planejamento, a primeira escrita e após socializar a leitura, levar o texto para casa e reescrever para enviar via e-mail à formadora.
Fizemos a avaliação da oficina, e pude perceber após a leitura que o tema havia sido interessante, mas que em razão da complexidade muitos se queixaram do pouco tempo.
De qualquer modo, todos confirmaram que o objetivo da oficina havia sido cumprido a contento.
ARGUMENTAÇÃO


"O importante é que na construção do texto argumentativo, todos os argumentos conduzam ao mesmo objetivo e produzam os efeitos desejados no interlocutor.A argumentação objetiva dar respostas convincentes ao problema colocado."
TP 6 p.40


"No texto argumentativo há o desenvolvimento lógico, encadeado, coerente e coeso de um tema, de modo a sustentar, refutar e/ou negociar um determinado ponto de vista tendo como objetivo a adesão do interlocutor à idéia proposta pelo autor. A argumentação encontra-se presente na vida do sujeito tanto no seu aspecto formal quanto no cotidiano, sendo deflagrada em situações discursivas onde o tema discutido possui uma natureza controversa, fazendo com que haja o confronto de pontos de vista."

Perelman 2001.
A ESCRITA

“A atividade de escrita é interativa de expressão, de manifestação verbal das ideias, informações, intenções, crenças ou dos sentimentos que queremos partilhar com alguém, para, de algum modo, interagir com ele”.
Irandé Antunes



A escrita é um ato social e comunicativo que insere-se numa determinada situação que tem uma função, interlocutor(es), objetivo, versa sobre um tema, de acordo com uma intenção, é expressa em relação com um gênero, utiliza um determinado nível de linguagem e, como material de leitura, é escrito em um determinado suporte.
TP. 06 p. 83

Você tem o controle!



Tem gente passando pela vida, ou será que a vida está passando por ela? Não sei, só sei que muita gente não terá tempo de ler essa mensagem hoje. Terá tempo para quê? Para tentar arrumar tempo para fazer as coisas que exigem tempo.Já notou que só os estabanados, os ansiosos em demasia são os que menos tempo têm para viver? Desculpas para não ficar alguns minutos consigo mesmo, desculpa para não ficar em silêncio alguns instantes e contemplar os próprios erros, medo de tomar decisões com serenidade. Nós somos dono do tempo, nós podemos ditar o que fazer com o nosso tempo, mas, às vezes, queremos fazer tudo que não conseguimos fazer em vários dias em apenas algumas horas. Resultado: doenças com vários nomes e sabores...Veja se consegue pelo menos ler essa mensagem até o fim e tentar mudar um pouco seus hábitos... Acorde mais cedo, caminhe pelo menos 20 minutos, planeje seus dias com folga para almoçar, ler um pouco, desligue o celular pelo menos na hora do almoço, planeje para um dia de semana umas horas para um cinema, teatro ou circo.
Tempo. Feliz do homem que controla seu tempo. Feliz daquele que consegue gerenciar seu tempo e arrumar tempo para ser feliz.Hoje é um bom dia para começar a sua gestão do tempo... Arrume um tempinho para planejar seu tempo. Ah! E por favor, não esqueça de arrumar um tempinho para agradecer a Deus, a sua capacidade de planejar seu tempo...

Eu acredito em você! E você?